Sobre este recurso, é fato que seu uso tem se tornado muito recorrente na Publicidade e na Comunicação em Geral, quase que numa tentativa de emprestar ao suporte impresso algumas das características de navegabilidade do digital. Por exemplo, em conteúdos publicitários, é comum encontrar um “saiba mais” ou ainda um código QR como atalho para um link ou App.
O recurso foi assunto recente da revista Meio e Mensagem, Tradicional no universo do marketing e da Publicidade:
Também foi aplicado em museus e espaços de visitação pública, como Zoológicos (Vide o serpentário interativo do Zoo de Sorocaba:
http://agencia.sorocaba.sp.gov.br/serpentario-interativo-e-exposicao-movimentaram-o-zoo/) e, até mesmo, cemitérios: http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2015/11/cemiterio-traz-qr-code-em-tumulos-de-personalidades-em-sorocaba.html
Foto: Assis Cavalcanti / Secom/Sorocaba
No cemitério, com o QR Code, é possível ter acesso à história de figuras ilustres.
Mas e na educação? Como podemos aplicar este recurso?
Como toda ferramenta, não destinada originariamente para a finalidade didática, o QR Code possibilita soluções tecnológicas que, por sua vez, devem facilitar a concretização de propostas pedagógicas. Ou seja: por traz do mero uso da ferramenta é necessário pensar atividades que coloquem o aprendizado à frente da própria experimentação tecnológica. Não basta que o estudante abra, com seu celular, um conteúdo adicional da aula por meio do QR Code, por exemplo, é necessário que esta ação faça sentido com toda a dinâmica do desenho da proposta pedagógica.
Tenho uma experiência interessante de aplicação, inspirada nas práticas de meu colega, também professor, Leo Victorino com os estudantes de Pedagogia: transformei os QR codes em recursos que facilitaram uma atividade de gamificação para dinamizar os conteúdos teóricos, no meu caso com os estudantes calouros da área da Comunicação.
A proposta era que os estudantes, em equipes, desenvolvessem estratégias, visitassem o espaço da Universidade e dialogassem com a tecnologia ao mesmo tempo, numa espécie de jogo! Assim, usamos a mesma ferramenta, mas transfiguramos suas funcionalidades, para além do “saiba mais”.
Assim, a atividade cumpriu vários propósitos:
- Conhecer e observar os vários espaços físicos da universidade
- Trabalho em equipe e integração
- Dinamização das aulas teóricas
- Estímulo à criatividade.
Importante ressaltar que estes propósitos foram traçados antes de a ferramenta ser projetada como solução possível para a atividade.
Foi uma experiência marcante para os estudantes do primeiro período de Comunicação e também para mim, como professora.
Registramos esta experiência em um artigo, que foi apresentado do CIET – ENPED, da Ufscar:
https://cietenped.ufscar.br/submissao/index.php/2018/article/view/508
Profa. Ma. Daniele de Oliveira é professora na Uniso e na Esamc/Sorocaba. Doutoranda em Educação e pesquisadora do grupo Perspectiva Ecologista da Educação da Uniso.